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Teste da Fonte de Alimentação Gigabyte Odin Plus 700 W

Análise do Primário

Vamos agora dar uma olhada em profundidade no primário da Gigabyte Odin Plus 700 W. Para uma melhor compreensão do que iremos falar aqui, sugerimos que você leia nosso tutorial Anatomia das Fontes de Alimentação Chaveadas.

Esta fonte de alimentação usa duas pontes de retificação GBU806 conectadas em paralelo e instaladas em um dissipador de calor independente. Cada ponte suporta até 8 A a 100°C, permitindo que a fonte extraia até 1.840 W de uma rede elétrica de 115 V sem que as pontes queimem; assumindo uma eficiência de 80%, as pontes permitiram que esta fonte fornecesse até 1.472 W sem que elas queimassem. É claro que estamos falando especificamente do limite da ponte de retificação, e a potência máxima que uma fonte é capaz de fornecer depende dos demais componentes usados.

Gigabyte Odin Plus 700 W
Figura 9: Pontes de retificação.

Dois transistores de potência MOSFET FCP16N60 são usados no circuito PFC ativo, cada um capaz de fornecer até 16 A a 25° C ou 10,1 A a 100° C em modo contínuo (veja o que a diferença de temperatura faz) ou até 48 A a 25° C em modo pulsante. Esses transistores apresentam uma resistência máxima de 220 mΩ quando ligados, uma características chamada RDS(on). Este número indica a quantidade de potência que é desperdiçada e quanto menor este valor melhor, pois significa que o transistor consumirá menos quando estiver ligado, resultando em uma maior eficiência para a fonte.

Esta fonte de alimentação usa dois capacitores eletrolíticos para filtrar a saída do circuito PFC ativo. O uso de mais de um capacitor aqui não tem nada a ver com a “qualidade” da fonte de alimentação, como alguns leigos poderiam supor (incluindo pessoas sem conhecimento em eletrônica que fazem testes de fontes de alimentação em outros sites). Em vez de usar um grande capacitor os fabricantes podem optar por usar dois os mais componentes menores que darão a mesma capacitância total, para melhor acomodar os componentes na placa de circuito impresso, já que capacitores com menores capacitâncias são fisicamente menores do que capacitores com maiores capacitâncias. A Gigabyte Odin Plus 700 W usa um capacitor de 330 µF x 400 V e um capacitor de 270 µF x 400 V conectados em paralelo; isto é equivalente a um capacitor de 600 µF x 400 V. Esses capacitores são japoneses da Chemi-Con e rotulados a 85° C.

Na seção de chaveamento a Gigabyte Odin Plus 700 W usa outros dois transistores FCP16N60, como você pode ver na Figura 10. As especificações desses componentes foram publicadas acima.

Gigabyte Odin Plus 700 W
Figura 10: Transistores chaveadores, diodo do PFC ativo e transistores do PFC ativo.

Os transistores chaveadores são controlados por um controlador PWM FAN4800.

Gigabyte Odin Plus 700 W
Figura 11: Controlador PWM.

Vamos agora dar uma olhada no secundário desta fonte de alimentação.

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Comentários de usuários

Respostas recomendadas

Ótimo teste do CDH, parabéns. Realmente o ruído e a oscilação ficaram muito altos, apesar de estarem dentro do padrão. Se o preço praticado ficar aproximadamente o que foi mostrado no teste (US$ 160), vai ficar difícil, pois existem fontes melhores nessa faixa de preço.

Valeu!!!

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Dizer que a fonte não merece o selo de Recomendação pelos níveis de ruído não se justifica. A Corsair TX750 obteve níveis praticamente iguais, levou o selo e ninguém ficou reclamando (90,6 mV na entrada de +12V1 e 103 mV na entrada de +12V2).

Na minha opinião essa fonte merece o Selo mas a ausência deste não interfere na boa impressão que tive dessa fonte, apesar de que o cabeamento poderia ser um pouco melhorado. Para ser uma boa escolha de compra, só falta saber o preço dela por aqui.

Na página da sobrecarga desta Gigabyte diz:

Se aumentássemos 1 A a mais em qualquer uma das saídas a fonte queimava os fusíveis do nosso testador de carga.
Isso não seria devido o limite de 33A em cada entrada de +12V do testador de carga? Se sim, seria bom deixar isso claro no teste para o consumidor não pensar que pode correr risco de queimar alguma coisa no micro caso, em circunstância extrema, venha a extrair tal potência da fonte.
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  • Administrador
Dizer que a fonte não merece o selo de Recomendação pelos níveis de ruído não se justifica. A Corsair TX750 obteve níveis praticamente iguais, levou o selo e ninguém ficou reclamando (90,6 mV na entrada de +12V1 e 103 mV na entrada de +12V2).

A razão pela qual não demos o selo de produto recomendado foi o preço. Pensei que isto estivesse bem claro nas conclusões:

Na Europa esta fonte está cotada a € 130 (aproximadamente US$ 160), o que nos impede de recomendar esta fonte, já que temos fontes melhores custando menos do que isto.
Isso não seria devido o limite de 33A em cada entrada de +12V do testador de carga? Se sim, seria bom deixar isso claro no teste para o consumidor não pensar que pode correr risco de queimar alguma coisa no micro caso, em circunstância extrema, venha a extrair tal potência da fonte.

Não, não é. Isso aí normalmente indica a ausência de circuito OPP na fonte.

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A razão pela qual não demos o selo de produto recomendado foi o preço. Pensei que isto estivesse bem claro nas conclusões:

Eu me referi mais aos comentários do pessoal aqui no tópico sobre a fonte.

Não, não é. Isso aí normalmente indica a ausência de circuito OPP na fonte.

Hum, entendido! :)

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A razão pode ter sido o preço, mas as razões reais para não merecer um selo estão no ripple/ruído elétrico um tanto alto e na ausência do circuito OPP. Tais razões não existiram na Corsair 750TX, nem na AeroCool 750. Embora essas duas tenham, também, ripple/ruído elétrico acima do ideal, a Corsair foi um pouco prejudicada pelo método antigo de teste, que utilizava uma transição mais pesada entre os padrões de carga, o que não sucedeu com a Gigabyte nem com a Aerocool. Portanto, no meu entendimento, a aplicação de selo ou a falta de aplicação só falhou na Aerocool e também naquela Cooler Master 500 Power Plus, que escapou de um selo bomba parece que por esquecimento. De qualquer forma a série TX da Corsair não é mesmo perfeita e já estava passando da hora da Corsair renovar a frota, coisa que já fez com diversos novos modelos cujos testes todos aguardam com ansiedade.

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comprei uma odin plus de 500w e me arrependi. não se trata da fonte testada mas o problema é o mesmo: cabo curto e rigido entre os conectores sata. tenho 3 hds e a placa de video é uma geforce 8800 gt, meu gabinete é disposto de um jeito que a placa de video fica com a ponta quase entre dois hds. pra não ter que ir atras de um adaptador tive que torcer o cabo. e o barulho da ventoinha é muito alto pra uma fonte tão cara. não recomendo.

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