

Formato físico
SSDs podem ser encontrados em diferentes formatos físicos, de forma a ampliar o leque de possibilidades de instalação, isto é, para que você tenha uma unidade que seja compatível com as opções de expansão presentes em seu computador. Independentemente do formato físico, o princípio de funcionamento dos SSDs é o mesmo.
Podemos dividir estes formatos físicos em três categorias: formatos que seguem o mesmo padrão usados por discos rígidos, utilizando a interface SATA; formatos "miniatura", utilizando as interfaces mSATA ou M.2; e placas de expansão a ser instaladas em um slot PCI Express da placa-mãe do computador.
Formatos de disco rígido
Os formatos que seguem os padrões para discos rígidos mais comuns são os de 2,5 e de 1,8 polegadas, que são os mesmos tamanhos usados por discos rígidos para notebooks. É interessante saber que o primeiro segmento de mercado que os fabricantes de SSDs queriam atingir era o mercado de notebooks, não o mercado para computadores de mesa, por duas razões principais: SSDs consomem menos energia do que os discos rígidos (esta diferença pode ser irrelevante para um computador de mesa, mas para um usuário usando o notebook na bateria isto deve ser levado em consideração) e são imunes a impactos (ou seja, você pode balançá-la e derrubá-la no chão que os dados armazenados no SSD continuarão intactos; se você tentar a mesma coisa com um disco rígido poderá danificá-lo e acabar perdendo seus dados).
Outra medida importante de observar é a altura do SSD: existem unidades de 7 mm, 9,5 mm e 15 mm e, no caso da instalação do SSD em um notebook, você deverá utilizar um dispositivo de altura compatível com o espaço disponível.
SSDs desse tipo normalmente fazem uso da interface SATA e de comandos AHCI (Advanced Host Controller Interface), padrão sobre o qual falaremos mais adiante.
Na Figura 1 nós mostramos um exemplo de um SSD de 2,5 polegadas com uma interface SATA, que é o formato mais popular. A taxa de transferência máxima teórica (largura de banda) entre o computador e o SSD é limitada à interface usada. Se for utilizada a interface SATA-600 (a mais comum), temos uma largura de banda de 600 MiB/s.
Outras interfaces podem ser utilizadas, como a SATA Express e a U.2 (também chamada SFF-8639). Estas interfaces utilizam conexão PCI Expres e, portanto, oferecem largura de banda superior, proporcional ao número de pistas PCI Express utilizadas, como mostrado na tabela. Elas são usadas em unidades de alto desempenho, voltada a servidores e "heavy users", e utilizam o conjunto de comandos NVMe, sobre o qual falaremos mais adiante.
Interface | Largura de banda |
SATA-600 | 600 MiB/s |
SATA Express ou U.2 (PCI Express 2.0 x2) | 1 GB/s |
SATA Express ou U.2 (PCI Express 3.0 x2) | 2 GB/s |
U.2 (PCI Express 2.0 x4) | 2 GB/s |
U.2 (PCI Express 3.0 x4) | 4 GB/s |
Figura 1: SSD de 2,5 polegadas
Formato miniatura
SSDs utilizando formato miniatura são vendidos em uma pequena placa de circuito impresso, como mostrado na Figura 2. Este tipo de unidade pode utilizar dois tipos de encaixe, mSATA ou M.2. O padrão M.2, por sua vez, traz diversos tamanhos, designados através de um código numérico no formato XXYY, onde XX é a largura e YY é o comprimento da placa de circuito impresso, em milímetros. Os padrões mais comuns são o 2242 (22 mm x 42 mm) e 2280 (22 mm x 80 mm). Para utilizar uma unidade deste tipo, a placa-mãe do seu computador de mesa ou notebook deverá ter um conector compatível disponível.
A interface mSATA é apenas uma versão reduzida da interface SATA e, portanto, mantém a mesma largura de banda desta interface (600 MiB/s no caso do padrão SATA-600) e conjunto de comandos (AHCI). Já a interface M.2 pode utilizar vários tipos de conexão: SATA-600 (600 MiB/s), USB 3.0 (500 MiB/s), PCI Express x2 (1 GB/s no padrão 2.0 ou 2 GB/s no padrão 3.0) ou PCI Express x4 (2 GB/s no padrão 2.0 ou 4 GB/s no padrão 3.0), podendo usar o conjunto de comandos AHCI (por motivos de compatibilidade) ou NVMe (o mais atual). Qual destas interfaces será usada dependerá do modelo do SSD e, portanto, não é possível saber de antemão qual será a interface ou largura de banda disponíveis sem conhecer o modelo exato do dispositivo.
Interface | Largura de banda |
SATA-600 | 600 MiB/s |
USB 3.0 | 500 MiB/s |
PCI Express 2.0 x2 | 1 GB/s |
PCI Express 3.0 x2 | 2 GB/s |
PCI Express 2.0 x4 | 2 GB/s |
PCI Express 3.0 x4 | 4 GB/s |
Figura 2: SSD M.2 2280
Placa de expansão
Existem dois tipos de placas de expansão: placas que são adaptadores para a instalação de SSDs mSATA ou M.2 em computadores de mesa cuja placa-mãe não tenha conectores mSATA ou M.2 disponíveis, ou então SSDs realmente montados em uma placa de expansão, como o exemplo ilustrado na Figura 3. Neste caso, o dispositivo terá disponível uma largura de banda compatível com a quantidade de pistas PCI Express utilizadas. Por exemplo, se forem usadas quatro pistas PCI Express 3.0 (isto é, "PCI Express 3.0 x4"), teremos uma largura de banda de 4 GB/s disponível. SSDs vendidos em forma de placa de expansão normalmente são unidades de alto desempenho, voltados a servidores e "heavy users", e utilizam o conjunto de comandos NVMe, sobre o qual falaremos mais adiante.
Interface | Largura de banda |
PCI Express 2.0 x2 | 1 GB/s |
PCI Express 3.0 x2 | 2 GB/s |
PCI Express 2.0 x4 | 2 GB/s |
PCI Express 3.0 x4 | 4 GB/s |
PCI Express 2.0 x8 | 4 GB/s |
PCI Express 3.0 x8 | 8 GB/s |
Figura 3: SSD PCI Express 3.0 x4
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