
Índice
Índice
- Introdução
- Tipos de Laser
- Introdução ao CD
- Etapas de Fabricação
- Informações Adicionais
- Teoria de Funcionamento
- Fonte de Alimentação
- Unidade Óptica
- Ajuste do APC
- Ajuste do APC (Cont.)
- Conceitos Fundamentais
- Principais Partes de um CD Player
- Circuitos
- Sinais
- Placa de Processamento Digital
- Dicas de Manutenção
- Diagrama em Blocos
- Controle dos Motores
- Dicas de Manutenção
- Palavras Finais
- Teste de Unidades Ópticas
Ajuste do APC (Cont.)
1 - Em que condição se faz necessário o ajuste do laser?
2 - Por que ocorre o desajuste?
Já falamos um pouco sobre isso, mas vamos as questões:
Em primeiro lugar, procure localizar na placa eletrônica o transistor de APC (no exemplo é oTR 200), ele normalmente fica próximo ao flat da unidade óptica na placa principal. O trimpot é só olhar na pci do conjunto óptico. Por último, o mais importante, localize o resistor de alimentação (no exemplo é o R2) pois é a partir dele que faremos o ajuste. Pronto, agora só resta colocar o multiteste paralelo ao resistor R2 (como no diagrama), na escala de voltagem. A próxima etapa é delicada e exige muito cuidado, ligando o aparelho com um disco de CD (se não dispuser de um disco de teste profissional como CD-T03 da Kenwood, utilize um disco comum da melhor qualidade possível, evite os piratas!), imediatamente o diodo laser emitirá radiação infravermelha, tentará focalizar o disco (a lente se movimentará para cima e para baixo 3 vezes) é nesta situação que começaremos o ajuste propriamente dito. Coloque o disco para reproduzir, no momento em que existir focalização verificaremos o valor de tensão indicado no multiteste, se ela for inferior ou superior a 0,5 volts deveremos, com uma chave isolada, regular o trimpot R1 para que em sua escala tenhamos o valor de no máximo 0,5 v. Este procedimento é valido para inúmeros circuitos de diferentes fabricantes, o cálculo envolvido aqui e bastante simples, observe:
1 - Descubra o valor do resistor de alimentação do transistor de apc, no exemplo o R2 é de 10 ohms.
2 - Se você tiver dados técnicos do conjunto óptico, como o valor da corrente utilizada por sua unidade melhor, caso contrário (maioria) utilize o valor padrão aplicado em 90% dos casos. Este valor é de 50 mA (NÃO ESQUEÇA DE CONVERTER AS UNIDADES PARA QUE FIQUEM COMPATÍVEIS), 50 mA = 0,05A.
3 - Aplique a lei de ohm, que diz R= E/I (resistência é igual a tensão dividida pela corrente)
4 - O valor da resistência é só ler no diagrama ou interpretar as cores sobre o componente.
5 - Agora aplique a lei!
10 = E / 0,05
Assim, isolando "E" teremos:
E (queda de tensão no resistor) = 10 x 0,05 E = 0.5v
Ok, com esta queda de tensão sobre o resistor R2 temos certeza de que nossa unidade óptica esta recebendo uma corrente de no máximo 50 mA, como eu disse, na maioria dos casos é o valor recomendado.
OBS: Quando não for possível encontrar isoladamente o transistor de APC, principalmente em CD-ROM, localize o IC-drive do conjunto óptico (normalmente o único IC que aquece e esta próximo ao flat da unidade), neste caso você deverá ter no mínimo uma referência básica sobre o circuito em questão. O transistor geralmente encontra-se interno a esse IC, devemos localizar a pinagem respectiva para prosseguir com as medições, o procedimento de ajuste é o mesmo já descrito.
Dica:
Nota 1:
Quanto a determinação do valor de 50 mA para unidades ópticas (maioria dos casos), ele foi obtido com os próprios fabricantes, que têm o dever de especificar este dado na etiqueta do conjunto óptico. Inúmeros testes de laboratórios comprovaram que esta corrente é a máxima recomendada para que as unidades consigam executar uma boa leitura de discos e manter uma longa vida útil sem um desgaste ou queima prematuros. Este valor tende a diminuir e não se surpreendam de encontrarem novos conjuntos ópticos trabalhando com correntes inferiores. Geralmente nas etiquetas das unidades são colocadas códigos que dizem respeito aos valores de corrente ideal para estes dispositivo, exemplos:
Unid. óptica corrente ideal:
hfa 151 = (51mA)
kss 210A45y31= (45mA)
kss 210Ak48 = (48mA)
sd 500 = (50 mA)
sd 250 = (50mA)
k43S206GB = (43mA)
k46G84F= (46mA)
kss213B = (36mA)
Como podem ver, normalmente existe uma referência numérica que expressa a corrente ideal a ser utilizada. Estes ajustes são extremamente precisos assim, uma leve torção no trimpot será suficiente para que se eleve esta corrente a valores bem superiores ao ideal. Se por acaso aplicarmos uma corrente de 90 mA na unidade, ela terá sua vida útil abreviada no mínimo em 50%, quando não ocorrer sua queima. Em aparelhos de custo baixo como CD-ROM tudo bem, compramos outro por 130 pratas. Agora, imagine um sofisticado DVD carrossel de no mínimo U$ 1500! Claro que eu exagerei um pouco, um prejuízo de 130 pratas já é terrível, não? Bem, o importante mesmo e saber fazer em todos eles o ajuste mais preciso possível, assim teremos seu funcionamento garantido pelo tempo máximo.
Nota 2:
Acho importante dizer a todos que o ideal é dispor de sofisticados instrumentos para ajustes e manutenção de leitores, de forma alguma será desperdício investir em bons instrumentos, como bons osciloscópios, geradores, discos-testes e medidores de potência podemos avançar muito numa manutenção precisa e profissional. Acontece que a grande maioria não dispõe destes recursos extremamente caros, também nada adianta tê-los se não soubermos utilizá-los. Por esta razão este procedimento de ajuste com o multímetro além de ser barato, todos podem fazer sem medo de ser feliz e o mais importante, tem grande precisão!
Este procedimento não exige que o técnico conheça a fundo as dezenas de sinais presentes nos circuitos destes aparelhos, não significando que seja dispensável conhecê-los. Em capítulo oportuno, veremos a respeito destes sinais e instrumentos adequados na utilização em CD.
Nota 3:
Observa-se em alguns modelos novos de leitores, em especial no DVD-ROM e CD-R's, que vários fabricantes estão desenvolvendo unidades ópticas com consumo de corrente ainda menor, em certos casos testou-se unidades onde o ajuste aqui descrito é fixado na ordem de 35mA.
Outro importante aspecto diz respeito exclusivamente aos CD-R's, não podemos esquecer que estes tem duas funções, gravação e reprodução. Dessa forma, fica claro que existirá uma corrente adequada a ser ajustada para cada um dos modos de trabalho deste equipamento. Na reprodução o procedimento é similar ao já descrito, no modo gravação será necessário aplicar uma corrente maior ao diodo emissor (varia de acordo como modelo mas geralmente o valor fica próximo aos 70 mA) a fim de propiciar um feixe mais potente para gravarmos nossas informações (a necessidade de emissão com maior potência se deve as características físicas impostas pelo processo e pelo disco de gravação). Mesmo sendo unidades ópticas especiais, no modo de gravação elas sofrem maior desgaste e portanto tem seu tempo de vida útil reduzido.
Cabe lembrar também dos raros casos em que não existe o trimpot para ajuste de potência. E ai como fica? Fica bem mais complicado, mas possível de remediar. Você obrigatoriamente deverá dispor de um bom osciloscópio (no mínimo 50 MHz), muita paciência e técnica. Em capítulos apropriados veremos em detalhes este procedimento, por hora, ficaremos apenas na afirmação de que é possível ser feito.
Há um outro detalhe, na maioria das placas de CD Player geralmente existem 2 ajustes importantes a serem feitos, o foco set (ou ganho) e o track set. Ambos dizem respeito a calibragem da sensibilidade dos respectivos circuitos de correção de foco e rastreamento. Em drives de CD-ROM, DVD-ROM e CD-R na grande maioria dos casos não encontramos estes tipos de ajustes, lá o próprio circuito eletrônico executa automaticamente esta calibragem. Os procedimentos técnicos no caso específico das placas de CD-DA (música) serão analisados oportunamente.
** Aproveito para lembrar a todos que este capítulo sobre funcionamento de unidades de CD e circuitos será bastante longo, iniciamos com o circuito apc e as técnicas de ajuste, na próxima edição seguiremos analisando circuitos básicos de CD Player e gradativamente avançaremos nas demais tecnologias de leitores.
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