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O futuro, de acordo com a NVIDIA


O futuro, de acordo com a NVIDIA

Na semana passada fomos ao NVIDIA Editor’s day em Santa Clara, Califórnia, EUA, onde eles apresentaram seus chips gráficos que serão lançados mês que vem. Apesar de não podermos falar ainda sobre estes chips por causa do acordo de não-divulgação (NDA, Non-Disclosure Agreement) , podemos falar sobre algumas ideias que a NVIDIA está vendo como o “futuro da computação”  – basicamente mais uso do conceito GPGPU (General-Purpose Graphics Processing Unit, isto é, o uso do chip gráfico para processar programas “comuns”) e a co-existência de tecnologias “concorrentes” como traçado de raios (ray tracing) e rasterização.

NVIDIA Editors Day Spring 2008 - CUDA
Figura 1: O futuro da computação, de acordo com a NVIDIA.

Durante todo o Editor’s Day a NVIDIA repetiu ad nauseum com a tecnologia GPGPU é maravilhosa, mostrando vários exemplos de aplicações onde o desempenho aumentou mostruosamente com o uso desta técnica. Para aqueles que não conhecem o conceito, a ideia é fazer com que o chip gráfico da placa de vídeo processe programas “comuns” em vez de usar o processador da máquina para tal processamento. O que está permitindo que isso seja possível é o compilador CUDA da NVIDIA, que é capaz de compilar qualquer programa escrito em C para rodar em processadores gráficos da NVIDIA da série 8 para cima. Já publicamos um artigo explicando mais sobre esta tecnologia.

A NVIDIA está dizendo que no futuro chips gráficos substituirão os processadores? Não exatamente. O computador ainda precisará de um processador, mas da maneira com que a NVIDIA está vendo o papel do processador cairá dramaticamente no futuro. Na verdade isto já está acontecendo. Através de seus boletins chamados “nTeresting” a NVIDIA vem batendo na Intel no último mês, dizendo que, ao contrário do que a Intel quer fazer você acreditar, os processadores não têm mais um papel importante no desempenho de jogos e que o usuário esperto deveria comprar um processador barato e gastar o dinheiro economizado comprando uma placa de vídeo mais forte para obter um desempenho maior em jogos. Com o desempenho dos chips gráficos aumentando cada vez mais e tarefas que antes eram feita pelo processador da máquina sendo transferidas para o chip gráfico, esta ideia faz sentido.

Com o GPGPU esta ideia também será válida para programas comuns, tão logo programas convencionais passem a usar o chip gráfico para processamento de dados, turbinando o desempenho do aplicativo. Durante o evento a Adobe declarou que eles passarão a usar o GPGPU em seus próximos produtos, em particular na próxima versão do Photoshop que será lançada por volta de setembro; isto pode representar o primeiro passo nessa direção. Apesar de pelas apresentações está claro que o GPGPU pode realmente aumentar o desempenho de aplicações específicas, o futuro nunca está claro e o aumento de desempenho trazido pelo GPGPU só será sentido pelo usuário comum caso os desenvolvedores de software atualizem seus programas para usar este conceito.

É sempre importante lembrar que programas compilados para usar os chips gráficos da NVIDIA para processamento não rodarão em chips gráficos da ATI. É claro que o programa pode detectar qual placa de vídeo você tem instalada em seu micro para carregar o código compilado com o CUDA, que trará o aumento de desempenho, caso você tenha uma placa de vídeo com chip da NVIDIA.

Em relação à batalha rasterização vs. traçado de raios (ray tracing), a NVIDIA está vendo a co-existência das duas tecnologias no futuro, já que o traçado de raios é de fato uma tecnologia melhor para algumas aplicações, porém pior para outras. Eles usaram como exemplo a indústria cinematográfica, que usa as duas tecnologias em filmes dependendo do que precisa ser renderizado. Hoje em dia o traçado de raios não é usado por jogos. Portanto por conta desse papo será que veremos futuros chips gráficos suportando esta tecnologia? Talvez, mas provavelmente não antes de 2010.


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