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Tudo o que você precisa saber sobre aterramento – Parte 2


Tudo o que você precisa saber sobre aterramento – Parte 2

Introdução

Agora que você sabe a respeito da importância do aterramento, falaremos sobre os modelos disponíveis para a implementação do terra.

No Brasil, o aterramento de redes de baixa tensão (isto é, redes elétricas de 127 V e 220 V) é regido pela NBR 5410 da ABNT. Esta norma técnica define três esquemas básicos de aterramento, chamados TN, TT e IT. O esquema TN é ainda subdividido em três esquemas: TN-S, TN-C-S e TN-C. Temos, portanto, um total de cinco maneiras diferentes de implementar aterramento em uma rede elétrica de baixa tensão.

As duas primeiras letras do nome do esquema significam o seguinte:

  • A primeira letra indica a situação da alimentação em relação ao terra, com “T” (“Terra”) indicando um ponto diretamente aterrado e “I” (“Isolamento”) indicando isolamento de todas as partes vivas em relação à terra (isto é, uso de aterramento individual) ou aterramento usando o terra da entrada do circuito, porém isolado do circuito através de impedância.
  • A segunda letra indica a situação das massas da instalação elétrica em relação à terra. Aqui “T” (“Terra”) indica que as massas (cargas) são diretamente aterradas e “N” (“Neutro”) indica massas (cargas) ligadas ao ponto de alimentação aterrado (normalmente o neutro).

As demais letras eventualmente existentes indicam:

  • “S” (“Separado”): funções de neutro e proteção feitos por condutores distintos.
  • “C” (“Combinado”): funções de neutro e proteção feitos pelo mesmo condutor (“condutor PEN”).

Nota aos não-técnicos:  “Condutor” pode ser lido como “fio”, “proteção” pode ser lido como “aterramento” e “massas” pode ser lido como “cargas”.

Vamos mostrar exemplos desses esquemas, onde a diferença entre cada um dos esquemas disponíveis ficará mais clara.

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Comentários de usuários

Respostas recomendadas

Eu a anos uso o esquema TT na minha casa, o problema do TN é quando o neutro da concessionária recebe uma carga, ou algum problema técnico, ou até a falta dele, um simples raio vindo do neutro pra quem não atem aterramento, é o suficiente para queimar vários equipamentos, na minha rua as luminárias da prefeitura vivem dando problemas, mais um motivo de eu não usar o PEN do neutro aterrado no padrão de entrada de energia, no TT fica na minha opinião muito mais seguro

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Uso o TT com Aterramento Geral mostrado na Fig. 4. O grande problema do Aterramento Individual, é que segundo a mesma NBR 5410, todas as Massas (pontos de aterramento) devem estar interligadas. É possivel haver d.d.p. (diferença de potencial) entre pontos aterrados, se o aterramento destes não estiver interligado.

Em residências e outras construções de pequeno porte, não é tão significativo. Mas imagine um grande campus de faculdade, ou uma grande instalação de fábrica, escritório, etc... Por mais que tenhamos o aterramento na entrada de cada prédio/bloco, teremos inevitávelmente um cabeamento de rede correndo entre prédios/blocos diferentes, e com equipamentos ligados a referenciais (Terra, Neutro) diferentes. Esta diferença pode gerar erros no recebimento de pacotes, queima dos equipamentos ou em casos extremos, fuga de corrente (choque) para o usuário.

Para evitar isso temos que ter o mesmo referêncial em todos os pontos através de uma malha que interligue os pontos de aterramento.  ;)  Ou usar fibra ótica. :D

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Me corriam se eu entendi errado.. em um dos esquemas, o TN-C-S seria 'técnicamente' ligar o Terra no Neutro??

 

Exato, no padrão de entrada de energia o Neutro deve ser aterrado pois isso é obrigatório, se isso não estiver devidamente feito a concessionária não faz a instalação, no esquema TN-C-S tanto o neutro quanto o aterramento são interligados e conduzidos por um fio único até o QDC (quadro de distribuição geral) onde é ligado no barramento próprio e separados em 2 condutores distintos, um para o neutro N e outro para o terra PE, eu particularmente não gosto desse esquema

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Eu a anos uso o esquema TT na minha casa, o problema do TN é quando o neutro da concessionária recebe uma carga, ou algum problema técnico, ou até a falta dele, um simples raio vindo do neutro pra quem não atem aterramento, é o suficiente para queimar vários equipamentos, na minha rua as luminárias da prefeitura vivem dando problemas, mais um motivo de eu não usar o PEN do neutro aterrado no padrão de entrada de energia, no TT fica na minha opinião muito mais seguro

 

 

Uso o TT com Aterramento Geral mostrado na Fig. 4. O grande problema do Aterramento Individual, é que segundo a mesma NBR 5410, todas as Massas (pontos de aterramento) devem estar interligadas. É possivel haver d.d.p. (diferença de potencial) entre pontos aterrados, se o aterramento destes não estiver interligado.

Em residências e outras construções de pequeno porte, não é tão significativo. Mas imagine um grande campus de faculdade, ou uma grande instalação de fábrica, escritório, etc... Por mais que tenhamos o aterramento na entrada de cada prédio/bloco, teremos inevitávelmente um cabeamento de rede correndo entre prédios/blocos diferentes, e com equipamentos ligados a referenciais (Terra, Neutro) diferentes. Esta diferença pode gerar erros no recebimento de pacotes, queima dos equipamentos ou em casos extremos, fuga de corrente (choque) para o usuário.

Para evitar isso temos que ter o mesmo referêncial em todos os pontos através de uma malha que interligue os pontos de aterramento.  ;)  Ou usar fibra ótica. :D

 

Agora fiquei na dúvida, sempre li e fiz na minha casa um aterramento TN-S, onde o neutro e o terra são ligados para equipotencializar o aterramento.

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Exato, no padrão de entrada de energia o Neutro deve ser aterrado pois isso é obrigatório, se isso não estiver devidamente feito a concessionária não faz a instalação, no esquema TN-C-S tanto o neutro quanto o aterramento são interligados e conduzidos por um fio único até o QDC (quadro de distribuição geral) onde é ligado no barramento próprio e separados em 2 condutores distintos, um para o neutro N e outro para o terra PE, eu particularmente não gosto desse esquema

Eu achei interessante esse método apenas para aterrar onde ligo meu computador porque ele tem aquele velho prolema de dar choque pelo gabinete. Pesquisei a fundo e vi que as causas são desde ao plugue conectado 'invertido' (positivo no neutro e neutro no positivo) até esse detalhe do aterramento. Me surgiu a ideia de fazer uma 'gambiarra' organizada pra resolver esse problema. Mas no caso, mais precisamente o monitor, porque descobri que a corrente vem pelo cabo VGA conectado a placa de vídeo. Quando desconecto, o choque desaparece.

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  • Administrador

Yarkan,

 

O que você fala são métodos paliativos ou pontuais de resolver o problema; se existisse terra em todas as residências, esse problema certamente não ocorreria. Mas, não tendo o terra, o que você faz de descobrir a origem do problema é correto.

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Yarkan,

 

O que você fala são métodos paliativos ou pontuais de resolver o problema; se existisse terra em todas as residências, esse problema certamente não ocorreria. Mas, não tendo o terra, o que você faz de descobrir a origem do problema é correto.

 

O correto é mesmo 'arancar o mal pela raíz'. Mas a residência que moro tem uma instalação elétrica precária e o proprietário do imóvel não quer fazer a reforma elétrica. Por isso pensei numa medida paleativa. Eu li outros artigos sobre aterramento, mas não há como  fazer aqui por causa do terreno; as casas são 'coladas' umas nas outras e não tem como nem onde eu instalar uma barra de cobre para aterramento. Pessoalmente acredito que 90% ou mais das residências no país não tem uma instalação elétrica adequada (com aterramento). Eu mesmo nunca vi uma casa que há aterramento onde se pode ligar qualquer aparelho tranquilamente, mesmo em apartamentos onde normalmente tem uma instalação elétrica mais estruturada.

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Gabriel, não concordo muito com a afirmação na figura 3 onde o TN-C está como não recomendado. Na minha opnião para cada tipo de aterramento existe uma aplicação onde economicamente e tecnicamente é a mais viável. O TN-C por exemplo, eu costumo utilizar em paineis de força de máquinas trifásicas onde a presença do condutor neutro é quase inexistente nos circuitos parciais, e nas entradas de força, após as subestações de 13,8kV e antes dos autotransformadores abaixadores de 440V ou 380V para 220V.

 

Em particular em minha residência utilizo o aterramento TN-C-S, com a separação sendo feita no quado de distribuição geral, com uma haste de aterramento obrigatória no medidor e outra próxima ao quadro de distribuição.

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Olá Gabriel e turma do CdH!

 

Bem, eu uso e acho que seja melhor (quando possível implentar) em residências o uso de um misto do pardrâo TT e do TN-S. Pelo que eu saiba, é altamente recomendável o uso de um (N)eutro e um a(T)erramento na entrada da

concessionária de enregia (junto ao medido) interligado eletricamete ao Neutro e um outro aTerramento junto ao QDL e novamente interligado eletricamente ao Neutro (e eventualmente junto à carga quando essa ficar muito distante do QDL. O motivo para tal configuração é: em lugares onde a carga fica muito distantes do medidor e/ou do QDL (como o caso aqui de casa, são uns 25 ~ 30 mtros do medior), a diferença de potencial entre o aTerramento no medidor/QDL pode ser grande o suficiente para gerar descargas (e onde há um DR, isso se apresenta como desarme intermitente do circuito "protegido") que podem até ser sentidas (em caso de correntes superiores a 10mA [0.01A] e fatais em caso de uma corrente maior que 30mA) e além do grande risco de em havendo uma grande descarga elétrica no Neutro na parte da concessionária (antes do medidor) como um raio, um fio de alta-tensão cair sobre o Neutro ou mesmo um acidente (miuito improvavél) de em algum ponto do circuito o Neutro romper (abrir) e, todos os aparelhos onde a carcaça é atrerrada, começarem a dar choque devido a falta do Neutro (isso claro onde não se tem o DR e onde se usa os esquemas TN-x em que o Neutro também é o Terra)...

 

Não sei se me fiz entender bem (e sei que esse não é um padrão ABNT, como podemos ver no caso das tomadas do novo padrão, nem sempre padrões são as melhores coisas), qualquer coisa eu posto um exemplo em diagrama.

 

 

Abraços.

 

Carvalho.

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Hoje, qualquer técnico eletricista tem capacidade (ele estudou isso?) para fazer um projeto e o aterramento? Qual profissional  devo procurar para fazer um aterramento? Numa residência pequena, quanto ficaria em média para fazer isso?

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Hoje, qualquer técnico eletricista tem capacidade (ele estudou isso?) para fazer um projeto e o aterramento? Qual profissional  devo procurar para fazer um aterramento? Numa residência pequena, quanto ficaria em média para fazer isso?

Em teoria, sim! Todo o eletricista formado deve ser capaz de fazer um aterramento adquado em uma residência. Quanto a questão de custo, depende do que será nescessário. Se a casa já tem um cabo (fio condutor) de aterramento passando pelas principais (ou todas as ) caixas de distribuição da casa o custo seria bem baixo (não levando em conta trocar as tomadas, isso seria um calculo à parte), algo em torno de uns R$50,00 a R$100,00. Sê, precisar passar o cabo de aterramento por toda a casa, vai precisar somar nessa conta um rolo de fio (no mínimo 2,5mm que custa algo em torno de R$80,00 aqui no RJ). Cada tomada no novo padrão e com 3 pinos deve variar (digo as que são mais comuns) entre R$8,00 e R$15,00 para uma tomada simples (uma tomada em uma caixa) e R$15,00 a R$30,00 para tomadas duplas (duas tomadas em uma caixa).

 

Abraços.

 

Carvalho.

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@ppcarvalhof Obrigado pelo retorno!

 

Única coisa que eu sei é que tenho são as tomadas de três pinos. O resto não sei, mas acho que não por questão de custos na construção da casa.  Logo, seria no mínimo 100 + 80 + mão de obra? Onde entra o tal do DPS? Na opinião de vocês, membros do fórum, é estranho exigir o diploma de curso técnico da  pessoal que pretendo fazer um orçamento?  Como proceder para fazer um orçamento e como proceder para achar um técnico que realmente tenha o curso? Tenho muito medo da parte elétrica e sendo assim, fico com receio de fazer com qualquer um.

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@ppcarvalhof Obrigado pelo retorno!

 

Única coisa que eu sei é que tenho são as tomadas de três pinos. O resto não sei, mas acho que não por questão de custos na construção da casa.  Logo, seria no mínimo 100 + 80 + mão de obra? Onde entra o tal do DPS? Na opinião de vocês, membros do fórum, é estranho exigir o diploma de curso técnico da  pessoal que pretendo fazer um orçamento?  Como proceder para fazer um orçamento e como proceder para achar um técnico que realmente tenha o curso? Tenho muito medo da parte elétrica e sendo assim, fico com receio de fazer com qualquer um.

 

 Estamos aqui para ajudar sempre!

 

 Bem, se terá de passar os cabos e eventualmente fazer um novo aterramento (não sei como é em sua casa, aqui em minha casa o medidor fica a uns 25 metros da entrada da casa e eu fiz um outro aterramento com uma haster de 2,4M e interliguei esse aterramento ao existente), provavelmente será o custo de um rolo de fio (ou cabo, fio é o que é um condutor único e cabo é aquele fio em que o condutor é composto por vários fios menores para tornar mais flexível o condutor) de no mínimo 2,5mm (que paguei R$80,00) e haste+terminal (aqui a haste de 2,4M custou R$25,00 e o terminal foi R$2,00 talvez tu queira colocar uma caixa para acesso ao aterramento, mais essa caixa não é nescessária). Como fui eu que fiz, não paguei a mão de obra.

 

 No caso do DPS, que é um dispositivo de proteção de surtos (quando você tem uma tensão maior que a fornecida, exemplo: quando um raio cai nas procimidades e em vez de receber 127V/220V durante um breve momento cega na casa dos milhares de volts!), deve ser instalado no quadro de distribuição de luz [QDL] antes de todos os dispositivos (pense assim: a energia vem do medidor, passa pelo disjuntor[es] e em seguida é colocado o DPS e segue para a toda a casa. O DPS interliga cada fase ào terra e não como um disjuntor que as fases "passam" por ele. Alguns profissionais preferem instalar o DPS antes do primeiro disjuntor[es], eu prefiro que seja depois devido ao fato de quando haver uma "flutuação" na rede a alta corrente em cima do DPS fará o disjuntor[es] desarmar logo!). O que você deve estar pensando é no DR, esse dispositivo desarma e desenergiza o equipamento que ele protege se houver uma corrente no terra. Esse dispositivo (DR) deve, preferencialmente, ser (quando possível e/ou viável) individualizado ou, no máximo, ser setorizado. Imagina tu colocar um DR protegendo todas as tomadas e o monitor está com algum problema e quando você enconstar na carcaça e tiver uma pequena corrente, o DR vai "sentir" essa corrente e desligar todas as tomadas. Por isso deve ao menos ser setorizado (um para sala, um para a cozinha, um para cada quarto, etc...) ou individualizado!

 

Quanto à questão de pedir uma comprovação de formação na área de elétrica, isso é direito seu! Se o "eletricista" se ofender com isso, dispense logo! Oras, você não tem o direito de pedir o CRM de um médico? É a mesma lógica! Só acho muuuuuito difícil de tu conseguir um profissional formado "avulso" por aí! Provavelmente será mais fácil de conseguir isso em uma empresa que trabalhe no ramo... E provavelmente não será barato (chuto que para fazer só esse aterramento será mais de R$200,00...).

 

Abraços!

 

Carvalho.

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@marcoia1 TT também tem os seus problemas, se não houver um DPS para unir o terra ao neutro no momento do raio, uma diferença de potencial entre neutro e terra irá se formar, causando arco elétrico e queima do equipamento eletrônico de qualquer forma.

Tem que ter DPS para qualquer esquema de aterramento, se não houver dispositivo de proteção vai ter problema com qualquer esquema de aterramento.

 

Em 05/02/2014 às 03:06, marcelogon disse:

Agora fiquei na dúvida, sempre li e fiz na minha casa um aterramento TN-S, onde o neutro e o terra são ligados para equipotencializar o aterramento.

 

O meu esquema também é TN-S, e é o melhor, pois não há diferença praticamente alguma entre neutro e terra, pois a tomada do PC fica bem próxima ao quadro principal, a tensão é bem estável, uso assim a anos e não tenho problemas, o TT poderia causar problemas caso o neutro recebesse uma descarga e o terra por não estar ligado ao neutro não acompanhasse, como em uma tensão induzida por raio.

Posso colocar correntes altas na tomada do PC, a tensão do neutro só sobe 0.1v a cada 10A.

Ou seja, a impedância da tomada é baixa em relação ao aterramento devido a curta distância e não há como um raio próximo induzir uma tensão entre neutro e terra, não precisa de varistor entre neutro e terra, esse é o melhor ponto do TN-S, além de que o 0v é mantido e tem corrente para queimar fusível rapidamente se necessário, coisa que um TT dificilmente conseguiria, meu aterramento é estrutural, então mesmo que fosse TT, a corrente de fuga para estrutura seria 33A, suficiente para queimar fusível de 10A, mas não de forma tão imediata, mas ao menos queimaria o fusível, e também, a fase que encostar nesse aterramento simplesmente deixaria de dar choque enquanto existir a fuga, porém o neutro não equipotencializado passaria a dar choque no lugar dessa fase acidentalmente aterrada enquanto a fuga existir, isso porque ao usar a estrutura como aterramento se cria uma gaiola de Faraday.

Já uma simples haste única dificilmente teria algo maior que 4A, e ainda teria problemas com tensão de passo.

Mas como uso TN-S, qualquer fuga direta queima fusível na hora.

 

Em 05/02/2014 às 15:00, Yarkan disse:

Eu li outros artigos sobre aterramento, mas não há como  fazer aqui por causa do terreno; as casas são 'coladas' umas nas outras e não tem como nem onde eu instalar uma barra de cobre para aterramento.

 

Use a estrutura mesmo, a ferragem, mas solde um vergalhão com solda elétrica eletrodo MMA nela para fazer uma extensão, e nessa extensão solde um barramento de cobre (ou um cano de cobre de refrigeração e nele solde um fio de cobre derretendo com eletrodo de grafite, o que será semelhante a uma solda exotérmica, e ligue o fio ao barramento), ele será usado como BEP, distribua o cabo terra até o seu quadro, lá pode ligar o neutro principal e assim o sistema se torna TN-S.

Funciona e funciona muito bem, se uma fase 127v pega em um aterramento desses, mesmo em esquema TT, ocorre uma fuga de mais de 30A, e enquanto houver a fuga, a fase nem dá choque, pode pegar nela descalço que não dá choque, esse tipo de aterramento cria uma gaiola de Faraday.

Meu aterramento é estrutural, e ainda é TN-S, resultado, se uma fuga fase-terra ocorrer, queima fusível e desarma disjuntores na hora.

Foi esse tipo de aterramento que impediu queima de aparelhos na minha rede trifásica durante a perda do neutro que houve no ramal de alimentação da minha rede, e por isso sei, pois testei o curto fase-terra com tudo fora das tomadas, as outras fases passam a ter algo próximo a 200v em relação à terra, mas a fase aterrada não dá choque de jeito nenhum! Isso prova a segurança de um aterramento estrutural. Um ótimo aterramento ajuda a minimizar os desequilíbrios na rede durante a perda do neutro. :eiei:

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@Danrley_Silva  Também achei o TN-S o melhor. Um dia eu fui fazer manutenção na caixinha onde tá a haste perto do poste, e senti uns choquezinhos fracos, creio que o terra da rua tava descarregando no meu aterramento? Como testo isto com um multimetro?

 

voce fala fusível do quadro ou dos equipamentos eletrônicos?

 

Na falta de solda exotermica, podemos soldar o aterramento com este eletrodo de grafite nas astes. Usei 3 astes de 2.40 3 metros uma da outra.

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Aterramento não se testa com multímetro mas sim com terrômetro. 

TN-S não é melhor e nem pior. É uma opção adequada. Imagine por exemplo um sistema 220v, fase-fase. Como vai fazer o TN-S?

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Em 04/11/2024 às 15:09, John Frusciante disse:

Imagine por exemplo um sistema 220v, fase-fase. Como vai fazer o TN-S?

 

Nesse caso eu sei um jeito, basta alimentar um transformador isolador 1:1 de grande potência com as duas fases, a saída vai continuar a ter os mesmos 220v, porém flutuantes e isolados do transformador da rede, o secundário ainda não está referenciando, para referenciar basta escolher um dos dois terminais do secundário, de preferência o começo da bobina secundária, e aterrar esse terminal, ele com essa ligação de referência se torna o neutro do secundário do transformador isolador, e ao mesmo tempo o terra, basta seguir com dois fios separados a partir do início da bobina, sendo uma para ser usado como neutro, e o outro para ser usado como aterramento, além de mais um fio para exclusivamente levar o aterramento, seja diretamente de hastes ou de estrutura (O que é muito melhor) até esse terminal do transformador, aí sim é possível sim ter um aterramento TN-S na rede bifásica, basta transformar em monofásica através dessa ligação com trafo isolador! :thumbsup:

Se vai ser viável, aí eu não sei, mas tecnicamente possível isso é! 😁 

 

Em 04/11/2024 às 15:01, marcelogon disse:

voce fala fusível do quadro ou dos equipamentos eletrônicos?

 

Dos equipamentos eletrônicos, a corrente para desarmar um fusível de alta corrente como os de um quadro é consideravelmente alta e 30A de um aterramento TT em fusíveis de correntes grandes não ou dificilmente irá queima-los pois só vai queimar se o fusível for sobrecarregado, por exemplo, um fusível de 50A tem uma carga de 40A + uma fuga de 30A por exemplo, isso vai resultar em uma corrente total de 70A.

 

Em 04/11/2024 às 15:01, marcelogon disse:

Um dia eu fui fazer manutenção na caixinha onde tá a haste perto do poste, e senti uns choquezinhos fracos, creio que o terra da rua tava descarregando no meu aterramento? Como testo isto com um multimetro?

 

Se o terra da rua está descarregando na haste, é sinal de que provavelmente há mau contato em algum ponto do cabeamento neutro da rua, algum conector perfurante ou cunha, ou uma abraçadeira frouxos, isso não é normal, se a energia retorna por caminhos alternativos que não sejam o cabo da concessionária, isso significa impedância muito alta causada por mau contato (dificilmente seria queda de tensão pois a rede da rua e o ramal de entrada da casa normalmente são projetados por engenheiros da Cia. elétrica, mas pode ser também problema da conexão do seu ramal de entrada com o cabo da rede da rua) isso pode causar sobretensões e causar prejuízos, precisa resolver com a Cia. elétrica.

Como mede a tensão entre neutro e terra? Use luvas de borracha isolantes grossas, desconecte temporariamente o neutro dessa haste e coloque uma ponta do multímetro na escala de tensão com uma ponta de prova entre o neutro e a outra na haste.

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Em 06/02/2014 às 11:47, Gabriel Torres disse:

Eu coloquei "não recomendado" pois estava pensando mais em instalações residenciais, onde este esquema não serve para a instalação de dispositivos "DR".

 

TN-C-S permite sim a instalação do IDR, pois no quadro elétrico, o TN-C se converte em TN-S, sendo assim um TN-C-S global, assim, o neutro segue para dois barramentos, o terra, e a partir do terra, um fio de mesma bitola deriva para o barramento de neutro para os dispositivos que não são protegidos pelo IDR, e então as fases e esse neutro deste barramento de neutro até então não protegido derivam para o IDR, a partir do IDR saem as fases e o neutro, e a corrente que entra pelo IDR tem que ser a mesma que sai, se usar uma fase que sai do IDR com um neutro que há antes do IDR ou terra (obrigatoriamente antes de qualquer IDR, claro que o IDR não funciona com o TN-C na tomada que nem é permitido por norma), essa ligação errada vai fazer o IDR desarmar na hora.

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