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Edson Buriche Coutinho

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Sobre Edson Buriche Coutinho

  1. Tópico para a discussão do seguinte conteúdo publicado no Clube do Hardware: Principais Mitos Sobre Recuperação de Dados "Aprenda quais são os principais "mitos" sobre a recuperação de discos rígidos defeituosos." Comentários são bem-vindos. Atenciosamente, Equipe Clube do Hardware https://www.clubedohardware.com.br
  2. Alguns são usuários desesperados por terem perdido seus dados e outros são técnicos em manutenção não especializados em recuperação de dados, mas que se vêem à frente de situações em que todas as tentativas em reaver seus dados ou os dados de sues clientes falharam. Uns não se conformam porque deram uma bobeada na hora de ligar o cabo de força no HD e inverteram a polaridade, outros ficam olhando a tela escura do monitor, pensando em como isso pode acontecer: na noite anterior desligou o micro normalmente depois de trabalhar o dia inteiro sem dar uma travada e ao ligar de manhã o HD é solenemente ignorado no setup, o micro não dá mais boot e o pior, o backup não foi feito! Alguns ainda se agarram com unhas e dentes nos dados que o cliente não pode perder em hipótese alguma e prometem retornar com uma solução. Com certeza são situações dramáticas, e que acabam levando a vítima a tentar primeiro soluções sugeridas por amigos, outras pesquisadas na internet e outras tantas “inventadas” a partir de um raciocínio às vezes lógico e às vezes por pura “crença”. Essas crenças acabam se espalhando – e muito. Pelo fato de alguns terem conseguido obter sucesso na recuperação dos seus dados utilizando uma dessas crenças, elas ganham a força da verdade para todas as situações e na verdade são mais mitos do que realidade, pois em muitos casos podem eliminar as poucas chances que um profissional experiente teria de realizar uma recuperação de dados bem sucedida e a um preço acessível, sem ter que abrir o disco rígido em sala limpa, o que encarece em muito o processo de recuperação. Assim vamos examinar alguns desses mitos, muitos dos quais circulam na Grande Rede, no intuito de separar o que faz algum sentido daquilo que piora a situação, eliminando as “crenças”. Esse talvez seja o mais antigo de todos. Quando o disco rígido pára de ser detectado algumas pessoas costumam dar umas batidinhas com uma chave de fendas ou algo parecido na carcaça do HD durante o processo de boot. Nós mesmos já assistimos isso ser feito em um disco rígido antigo e em uma das tentativas o ele foi reconhecido. O disco funcionou por mais algumas horas e depois parou de vez. Já pegamos alguns discos com a carcaça toda marcada ou amassada por dezenas dessas “batidinhas”. Não podemos nos esquecer que as distâncias entre as cabeças de leitura e a superfície do disco foram diminuindo com o tempo, e alguns discos mais modernos (felizmente descontinuados) soltavam uma parte do braço onde ficam as cabeças na região de “parking” (estacionamento) do disco e tornavam a pegá-la quando acionados. É comum encontrarmos pedaços dessas cabeças espalhadas no interior de discos em que o usuário ou o técnico deu essas “batidinhas”. Esses pedaços arranham a mídia de tal jeito que não há mais como recuperar os dados. Daí a “técnica da batidinha” só piorar as coisas: antes o disco daria para ser recuperado, mas com ela, em discos rígidos desse tipo, o disco fica totalmente irrecuperável. O que ocorre: as batidas podem, se bem dadas, ajudar a liberar o braço de leitura que já começa a ficar imobilizado por falha em seu circuito de acionamento. Elas devem ser suaves, firmes e secas e se não surtirem efeito em duas tentativas, devem ser interrompidas. Nada de brutalidade, pois se não for esse o problema as batidinhas não ajudarão em nada e se forem fortes demais poderão causar danos até mesmo na superfície do disco. Por incrível que pareça existem depoimentos em alguns fóruns na Internet em que certas pessoas juram de pés juntos que “resolveram” o problema de seu disco rígido deixando ele cair no chão da uma altura de uma mesa (85 cm) sobre um carpete e usam o disco até hoje sem problemas. Não podemos duvidar deste fato, pois a sorte existe. Porém não podemos de forma alguma recomendar ou apoiar quem fale uma besteira dessas. Qualquer impacto forte, principalmente em um disco que já não está bom e que não se sabe qual é o seu problema, é brincar com o acaso. Ficar “brincando” ou “chutando” qualquer coisa com o disco sem saber qual é o seu real problema é colocar qualquer chance de recuperação de dados em xeque. Se os dados armazenados não têm o menor valor, aí até vale como brincadeira ficar experimentando técnicas não ortodoxas. Mas o pior é que tem gente que dá esse conselho em um fórum. Alguns discos rígidos param de funcionar justamente por causa de um tombo. Sem comentários.... O mito da geladeira ou do congelador é interessante e faz algum sentido, porém as conseqüências são desastrosas! Durante a fabricação de um disco rígido é necessário uma espécie de calibração dos mecanismos de leitura e escrita de forma que as cabeças sejam corretamente posicionadas sobre a superfície do disco dentro de uma tolerância determinada, de forma que as cabeças realizarem a leitura e a escrita nas trilhas certas sem qualquer tipo de erro. Alguns fabricantes, em alguns modelos e séries, gravam todos esses parâmetros em uma memória ROM que fica localizada na placa lógica, ou então uma parte fica gravada nessa ROM e outra parte em uma EPROM ou algum tipo de memória flash que fica no interior do disco. Isso explica porque muitas vezes a simples troca de placa lógica queimada de um disco por outra com idêntica usando a mesma versão de firmware não faz o disco rígido ressuscitar: é que algo vai mal internamente. Existe também um tipo de gravação na superfície do disco feita durante a fabricação que se chama “servo” e que auxilia as cabeças a se posicionarem corretamente. Muitas vezes essa gravação magnética de fábrica é alterada por algum fator relacionado ao material da superfície, e a cabeça fica com se estivesse “boba” batendo pra lá e pra cá. Alguém desconfiou que pudesse ser efeito da temperatura e resolveu “congelar” o disco rígido no freezer e correr depois para conectá-lo ao micro e bingo! O disco voltou a ser reconhecido e funcionou novamente... por alguns minutos. Nova sessão de “congelamento” e o disco funcionou por mais alguns minutos, o suficiente para salvar alguns megabytes de informação. Lá pelas tantas o disco pára de vez. Já lemos em um fórum que a conclusão é que ao resfriar o disco rígido ele se “arruma” por dentro e tudo volta para o seu lugar. Isso não deixa ter algum sentido, pois em alguns casos a retração do material devido à baixa temperatura pode ter auxiliado as cabeças de leitura a se encontrarem com as trilhas novamente. Mas por que então o disco pára de vez? Porque a superfície magnética do disco já estava em franca degradação e chegou uma hora que o “puxa-e-estica” não faz mais efeito. Resultado: as poucas chances que se tinha de recuperar uma boa porção de dados pode ter ido para o espaço. Sem falar na condensação do ar dentro do disco rígido (sim o HD tem ar limpo dentro dele, um filtro para não deixar entrar impurezas e um sachet desumidificador). Leia nosso tutorial Anatomia de um Disco Rígido para ver isso. Mais um mito “detonado”. Quanto ao mito do forno, bem... acho que não preciso nem comentar, mas tem gente que prega essa heresia! Algumas pessoas dizem que você pode fazer uma “sala limpa” em casa, no banheiro, abrindo a torneira da água quente e deixando o banheiro ficar cheio de fumaça e que, nessa condição, o ar estaria totalmente limpo e você poderia abrir o disco rígido sem estragá-lo. Esse mito foi bem elaborado, mas também pode ter conseqüências imprevisíveis para os dados. Você já reparou que quando o sol aparece logo após uma chuvinha fina o ar parece que está mais limpo? E está mesmo, pois a gotas de chuva fizeram as partículas de poeira em suspensão descerem para o solo. Os maiores inimigos do disco rígido são a poeira e a umidade. É por isso que os discos só podem ser abertos em uma sala limpa classe 100 (onde não pode haver mais do que cem partículas em suspensão no ar maiores que 0.5 mícron por pé cúbico). Então alguém pensou o seguinte: ligo o aquecedor do banheiro no máximo por alguns minutos depois desligo e deixo as gotículas descerem até o ar ficar “limpo”. Então abro o disco e “mexo” nele, dou uns petelecos ou até troco os pratos. Bem, apesar de a idéia ser boa, o resultado é um desastre. Equipamentos sofisticadíssimos são utilizados dentro de uma sala limpa para manipular as partes de um disco rígido, sob temperatura, pressão e umidade controladas. Isso porque não se pode correr o risco de piorar a situação e sim salvar dados importantes. Se não se conhece nem se sabe o que fazer com um disco rígido aberto e tampouco se possui as ferramentas adequadas para tal serviço, então certamente alguma coisa de pior vai acontecer! Porém sempre damos uma chance para a “sorte”, que também funciona! O Mito da Troca da Placa Lógica Tem gente que, para tentar recuperar um disco rígido queimado, troca a placa lógica do disco por outra igual de um disco que esteja funcionando. Este é o mito mais sensato. A troca da placa lógica funciona em alguns casos em que o dano é externo e o firmware é todo concentrado na placa controladora. Portanto, vale a pena tentar, e se feita com cuidado haverá chances de salvar os dados. Porém se o disco for reconhecido mas a leitura não for bem sucedida, evite os outros mitos aqui descritos e envie o seu disco rígido para uma empresa especializada, caso seus dados sejam realmente importantes. O Mito do Programinha Alguns programas de recuperação certamente funcionam quando temos um problema puramente lógico. O problema é usá-los quando o disco apresenta algum tipo de problema físico. Neste caso, o programa automaticamente sai varrendo o disco e mais uma vez poderá acontecer o pior: as últimas chances de se fazer uma recuperação sem ter que abrir o disco vão por água abaixo, já que alguns circuitos param de funcionar no meio de uma recuperação automática desse tipo. Portanto é preciso saber quando usar esse recurso. O Mito do Conserto Alguns profissionais ou até mesmo empresas anunciam que “consertam” discos rígidos. Sabemos que isso é impossível, pois tais profissionais e empresas sequer possuem ambiente adequado para tal. O que na verdade eles fazem é trocar a placa lógica e/ou rodar um programinha que esconde os setores defeituosos, os famosos “bad-blocks” (leia nosso tutorial sobre esse assunto). Aí entregam o disco rígido formatado e dizem que foi “consertado”. Existe a indústria da remanufatura – ou melhor, da reciclagem – em países como Índia, China e Rússia, mas nesse caso os discos vêm sem marca ou com alguma inscrição de “refurbished” ou remanufaturado. Já vimos discos desse tipo funcionarem por alguns anos e outros por alguns meses. Esses discos, porém, foram realmente reconstruídos utilizando partes de mais de um disco, umas novas e outras usadas, e servem para uso nos países de baixa renda, pois são bem mais baratos. O que queremos dizer é que tanto os discos rígidos reciclados quanto os “consertados” não têm confiabilidade. Se forem usados, nunca deverão servir para armazenar dados importantes e sim para navegação na Internet ou como disco de estação sem conter dados importantes. O Mito da Troca dos Pratos Algumas pessoas já nos disseram que leram em algum lugar ou ouviram falar que é possível recuperar os dados de um disco defeituoso simplesmente procurando um igualzinho e transferindo os “pratos” (mídias, sem as cabeças) de uma carcaça para a outra. Isso pode até funcionar levando-se em conta certos fatores como firmware, série do disco rígido e outros. Porém o mais provável é que os dados sejam perdidos definitivamente por muitos outros motivos tais como ambiente inadequado, técnica e ferramental inadequados, enfim, tudo o que não se deve fazer por absoluta falta de condições e conhecimento. Porém como sempre ressaltamos, a sorte é uma realidade. A recuperação de dados é uma especialidade e que tem a sua razão de ser, pois muitas pessoas e empresas podem ter um grande prejuízo ao perderem os seus dados em um acidente em que o backup é inexistente ou então falhou (a famosa Lei de Murphy). Ser um profissional nesta área requer um grande investimento em estudo e ferramental, como uma sala limpa classe 100. É por isso que na maioria das vezes o custo de se recuperar dados não é baixo. Por isso, fuja de profissionais e empresas em que não tiver ferramental adequado, pois, como dissemos, o disco passando pelas mãos de um desses amadores poderão acabar com qualquer chance de recuperar os dados depois – é o famoso “barato que sai caro”. Para os casos em que você não se sinta seguro em tentar solucionar sozinho problemas em um disco rígido, procure uma empresa especializada nesse tipo de serviço, caso contrário o prejuízo é quase certo. Não falamos dos casos em que os dados estão armazenados em estruturas RAID “stripping” (divisão de dados). A simples tentativa de remontar o RAID pode provocar a perda definitiva dos dados. Portanto, aconselhamos manter seus backups em dia e evitar usar o improviso quando houver perda de dados. Lembramos ainda que um diagnóstico e um orçamento em uma empresa de recuperação de dados séria em geral são gratuitos.

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